História dos perfumes – O alvorescer

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PROGRESSÃO DA LEITURA

O surgimento do perfume

O perfume nos seduz há milênios. Hieróglifos mostram que os antigos egípcios e mesopotâmicos produziam perfumes desde 3.000 aC.  Os primeiros perfumistas, sacerdotes egípcios, usavam resinas aromáticas para perfumar ofertas sacrificiais.

As pessoas acreditavam que queimar incenso conectava humanos com os deuses – e agradava às divindades. Sacerdotes egípcios e seus faraós foram sepultados com fragrâncias – e quando esses túmulos foram abertos por arqueólogos, em 1897, descobriu-se que os perfumes mantinham seus cheiros doces e originais.

Figuras importantes da história egípcia foram enterradas com óleos perfumados, para garantir que suas ‘necessidades olfativas’ fossem atendidas. Muitos desses ingredientes ainda hoje são utilizados na perfumaria. Jasmim, resina de incenso, lótus, mirra. lírios…

O mais místico de todas as fragrâncias, no entanto, foi o incenso Kyphi: embora a receita variasse de templo para templo, cada receita apresentava ingredientes como mel, passas, vinho, casca de cássia, canela, cedro, bagas de zimbro, cana aromática, rizomas aromáticos de cyperus, incensos, mirra, benjoim, aroeira, e labdanum, entre outros.

Toda noite, Kyphi era queimada para agradar (e apaziguar) os deuses, quando começavam sua jornada para o submundo, e para garantir o retorno seguro do deus do sol, Rá, na manhã seguinte.

Existe até uma ‘sala de perfume’ em Edfu, no Egito (o templo mais bem preservado depois de Karnak), onde receitas de pomadas, perfumes e inalações aparecem em hieróglifos na parede. Mas o incenso não era apenas reservado para rituais espirituais: os egípcios o desfrutavam na vida cotidiana. Eles já entendiam que os perfumes poderiam ajudar a manter um equilíbrio harmonioso entre corpo e alma.

Como a aromaterapia moderna, ao que parece.

Eles tinham Megalion, um bálsamo calmante para pele inflamada ou queimaduras (e para problemas estomacais): misturando cardamomo e mirra, também era usado como perfume.

O Theriaque – mistura de mirra, incenso, canela, bálsamo, corante doce e (sim) pele de serpente – foi usado para aliviar a ansiedade. E se você farejar o souk Khan al Khalili do Cairo, ainda o encontrará hoje, composto por herbalistas. Resinas, madeiras, abeto, murta eram os ingredientes que os mesopotâmios tinham na ponta dos dedos para criar seu incenso. O mais precioso de todos foi o cedro do Líbano.

De fato, a palavra acadiana para incenso – ‘lubbunu’ – ainda ecoa no nome Líbano hoje. Quando a cidade síria de Mari foi escavada, foram descobertas salas especiais dedicadas à mistura de perfumes – com ênfase no uso de pinheiros e confiers, em particular.

A Bíblia também tem registros das fragrâncias nativas e importadas que flutuavam pelo Oriente.

Os primeiros escritos sobre ingredientes perfumados datam de muito tempo antes – na China, onde produtos aromáticos e uma descrição de seus usos foram registrados por volta de 4.500 aC. Então podemos dizer que a perfumaria em si remonta a esse período?

É difícil acreditar que não.  O homem da Idade da Pedra tinha fogo e podia queimar madeiras perfumadas. Plantas perfumadas existem há centenas de milhares de anos. M

as até que os arqueólogos se aprofundem na história dos perfumes e encontrem novas evidências, temos apenas nossa imaginação para nos transportar até lá.

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