Efeitos da masturbação sobre seu cérebro
Neste breve artigo, veremos de que maneiras positivas e negativas pelas quais seu cérebro é afetado pela masturbação.
Mais de 90% dos homens se masturbam e mais de 50% das mulheres também e todos sentem os efeitos gerais bem conhecidos e apreciados de um bom orgasmo sobre o corpo, seja ele causado por outra pessoa ou seja ele solo, obtido pela masturbação
O que nós temos menos conhecimento é sobre os diversos hormônios que são liberados no cérebro.
Os hormônios liberados em nosso cérebro pelo orgasmo na masturbação
Dopamina
Este é um hormônio do “bem-estar”.
É um hormônio e também um neurotransmissor que desempenha um papel central no sistema de recompensa do cérebro, influenciando uma variedade de funções cognitivas e comportamentais.
Durante situações de intimidade sexual e amorosa, incluindo na masturbação, a liberação de dopamina atinge níveis significativos, contribuindo para a complexa interação entre o prazer, a motivação e as respostas emocionais.
No contexto da intimidade sexual, a dopamina é liberada em áreas do cérebro associadas ao prazer, como o núcleo accumbens.
Essa liberação intensificada de dopamina é parte integrante da resposta de recompensa associada ao ato sexual, contribuindo para a sensação de prazer e satisfação.
Além disso, a dopamina está envolvida na formação de associações positivas com estímulos relacionados à atividade sexual, o que pode influenciar a busca por parceiros e a motivação sexual.
A dopamina, contribui muito para sentimentos de euforia, motivação e, no início de um relacionamento, pela obsessão ao objeto do afeto.
Essa “química do amor” é, em parte, mediada pela dopamina e está associada à formação de vínculos emocionais intensos.
Endorfinas
Esses hormônios lidam com o estresse e reduzem a sensação de dor.
As endorfinas são peptídeos opioides endógenos, produzidos pelo organismo, que atuam como neurotransmissores.
Elas desempenham um papel fundamental na modulação da dor e na regulação do humor, sendo frequentemente associadas a sensações de prazer e bem-estar.
Durante situações de intimidade sexual e amorosa, as endorfinas são liberadas em resposta a diferentes estímulos, contribuindo para a complexa experiência emocional associada a esses momentos.
Durante o ato sexual, incluindo a masturbação, especialmente no momento do orgasmo, ocorre a liberação de endorfinas. Essas substâncias podem agir como analgésicos naturais, reduzindo a percepção da dor e promovendo uma sensação geral de relaxamento e contentamento, intensificando o prazer físico e emocional associado ao sexo.
Oxitocina
Um hormônio do amor, que é muito importante para amar e se relacionar com um parceiro.
No cérebro, a oxitocina desempenha um papel crucial em diversas funções sociais e comportamentais.
Uma de suas funções mais conhecidas está relacionada ao estabelecimento e manutenção dos vínculos sociais e afetivos.
Durante situações de intimidade, como o contato físico, o sexo, incluindo a masturbação (e, nas mulheres no parto e durante a amamentação), a liberação de oxitocina é intensificada, promovendo a ligação emocional entre indivíduos.
Além disso, estudos sugerem que a oxitocina pode influenciar a regulação do comportamento social, favorecendo a empatia, a confiança e a cooperação social.
Outro aspecto notável dos efeitos da oxitocina no cérebro está relacionado à regulação do estresse.
A oxitocina tem propriedades ansiolíticas, agindo como um modulador do sistema nervoso autônomo e reduzindo as respostas ao estresse.
Ela pode atenuar a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol, e promover uma sensação de calma e segurança.
Testosterona
Um hormônio masculino muito importante, pois regula o desejo sexual (libido), a massa óssea, a distribuição de gordura no corpo, a massa muscular, a força e a resistência sexual. Este hormônio “praticamente” determina todas as características físicas do corpo masculino.
A testosterona também é produzida em mulheres, embora em quantidades diferentes e muito inferiores aos níveis masculinos.
Nos homens, é principalmente produzida nos testículos, enquanto nas mulheres é produzida nos ovários e em menor quantidade nas glândulas suprarrenais.
Durante situações de intimidade sexual e amorosa, incluindo na masturbação, a testosterona desempenha vários papéis cruciais que afetam tanto a fisiologia quanto o comportamento do indivíduo.
Níveis adequados de testosterona estão associados ao aumento do interesse e da motivação sexual, enquanto baixos níveis podem contribuir para a diminuição da libido.
Além disso, a testosterona influencia a função erétil em homens, sendo essencial para a saúde sexual masculina.
No âmbito do amor romântico, a testosterona também está envolvida na regulação de comportamentos associados ao cuidado e à vinculação emocional.
Embora muitas vezes seja considerada como um hormônio mais associado ao desejo sexual, a testosterona também desempenha um papel na modulação de comportamentos afetivos, como demonstrações de carinho, afeto e compromisso dentro de relacionamentos.
É importante notar que a liberação de testosterona durante situações de intimidade não é uniforme e pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo o contexto emocional, a qualidade do relacionamento e outros aspectos individuais. Além disso, os efeitos da testosterona no comportamento sexual e romântico podem variar significativamente entre os indivíduos.
A liberação de quantidades saudáveis dos hormônios mencionados acima quando excitada e durante a masturbação/atividade sexual afeta positivamente o humor e também ajuda a manter uma boa saúde.
A masturbação afeta o humor, o foco, a concentração e o sono?
Não existe nenhum estudo científico que apoie a afirmação de que a masturbação afeta o humor, o foco e a concentração de uma forma positiva, mas muitas pessoas afirmam que se concentram muito bem após uma sessão de masturbação.
Elas também relatam que podem se concentrar no trabalho ou estudo e manter o humor feliz.
Isto pode ser devido à liberação de hormônios da felicidade que constituem a dopamina, endorfinas e oxitocina.
O hormônio oxitocina também pode ajudar a aliviar o estresse e relaxar o corpo e a mente, de acordo com um estudo realizado em 2015.
Descobriu-se que a oxitocina reduz a pressão arterial e os níveis de cortisol.
O cortisol é o hormônio que causa estresse. Sempre que estiver estressado, você pode tentar se masturbar ou fazer sexo se tiver um parceiro disponível e ver se isso ajuda a aliviar o estresse.
Normalmente, depois de uma boa sessão de sexo ou masturbação, é normal sentir-se relaxado e você pode sentir sono exatamente por isso. Os hormônios oxitocina e endorfinas ajudam a liberar o estresse e a dormir bem.
Você se sente deprimido(a) ou culpado(a) depois de se masturbar?
Você não está sozinho(a)!
Algumas pessoas podem se sentir culpadas por se masturbarem.
Em geral, estas pessoas podem ter alguns preconceitos ou acreditar em alguns mitos ideológicos ou religiosos sobre os efeitos negativos da masturbação.
Se você é uma dessas pessoas, deve observar que “se masturbar é absolutamente normal”.
É uma escolha totalmente pessoal. Esqueça crenças e sentimentos negativos e só sinta, siga o que seu corpo está pedindo (ou não).
Está difícil se masturbar?
Sim, para algumas pessoas, devido a algumas condições físicas ou psicológicas, masturbar-se pode ser ou se tornar uma tarefa difícil.
Essas condições incluem:
Aqueles homens que tem “prepúcio tenso” – onde a pele não se move facilmente para dentro e para fora da cabeça do pênis. Nesses casos, os médicos podem aconselhar cremes para lubrificar ou sugerir a circuncisão .
Homens que sofrem de disfunção erétil – Essas pessoas terão dificuldade em conseguir uma ereção. A razão pode ser física ou psicológica. Se você sofre de disfunção erétil , você deve conversar com um terapeuta sexual ou um bom sexólogo perto de você .
Baixa testosterona ou libido – Se você sofre de problemas de baixa libido ou baixo desejo sexual , pode não ter ereções como outras pessoas da sua faixa etária. Você deve consultar um bom sexólogo o mais rápido possível. Normalmente os homens podem ser sexualmente ativos até aos 60-70 anos de idade.
Dispareunia – Mulheres que sentem dor durante o sexo podem pensar em evitar completamente o sexo.
Secura vaginal – Mulheres jovens também podem ter vagina seca devido a desequilíbrio hormonal ou a qualquer medicamento que estejam usando naquele momento. A secura vaginal é muito comum após a menopausa em mulheres. Mulheres com secura vaginal devem conversar com seus ginecologistas e receber o tratamento adequado.
Síndrome de doença pós-orgástica – Uma condição muito rara em que o pênis fica doente após a ejaculação. Isso pode impedir você de pensar ou realmente se masturbar.
Problemas emocionais – A psicologia também pode afetar as ereções e a capacidade de se masturbar. Procure um profissional se tiver dificuldade em obter uma ereção, se masturbar ou fazer sexo.
Enfim, se você quiser se masturbar, vá em frente
Mas se você acha que isso é um tabu ou pecado ou que não deve se masturbar por qualquer motivo, você pode definitivamente evitar a masturbação temporária ou permanentemente. Fica a seu critério.
A masturbação frequente (da maneira certa) não reduzirá a contagem de espermatozoides nem afetará a fertilidade.
A masturbação pouco frequente ou evitada também não lhe causa nenhum mal ou não a torna mais ou menos fértil.
Os espermatozoides produzidos pelo corpo que não são ejaculados são apenas absorvidos de volta pelo corpo e nada mais acontece se você não os liberar.
Por fim, tenho que lembrar que a masturbação é uma oportunidade certa de você conhecer e dominar o próprio corpo, o que vai certamente te ajudar a se sentir mais a vontade, ser mais feliz e ajudar seu (ou sua) parceiro a ser mais feliz também, pode ser usada inclusive por homens com ejaculação precoce para treinar o controle da mesma.
